“Chaplin e a Sua Imagem” no Tomie Ohtake em SP


Charlie Chaplin Tempos Modernos - Legendado Portugues

“Chaplin e a Sua Imagem” no Tomie Ohtake em SP
Publicado por evchaves
Arquivado em: Exposições

A partir do dia 19 deste mês, o Instituto Tomie Ohtake abre uma exposição sobre o ícone do cinema mundial Charles Chaplin. Serão exibidos mais de 200 documentos, imagens e vídeos em torno de sua figura.

Com curador francês, Sam Stourdzé, a mostra já passou pela Europa, México e Estados Unidos. Todo o conteúdo busca retratar as facetas de ator, produtor, comediante, dançarino e roteirista do artista.

A exposição nasceu para contar a passagem do cinema mudo ao cinema falado e relembrar a situação política do período que vai da Primeira Guerra à ascensão do nazismo.

Chaplin e a Sua Imagem
de 19/11 a 27/11
Terças, Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos das 11:00 às 22:00
Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropés, 88 – Pinheiros
(11) 2245-1900

A iluminação

Entender e dominar a luz é um dos maiores desafios de um fotógrafo iniciante. Até mesmo fotógrafos profissionais  às vezes encontram dificuldades em certas condições. Em fotografia, a luz é tudo. A própria palavra, que deriva de dois vocábulos gregos, significa "escrever com a luz". Confira a seguir alguns tipos de iluminação e suas características:

A luz natural: A luz natural é proporcionada pelo sol, que pode incidir diretamente ou indiretamente sobre o assunto. O aspecto da luz solar pode variar de acordo o horário e o tempo, resultando nos mais diversos aspectos à sua fotografia. Ao amanhecer, por exemplo, provoca tons quentes, com cores avermelhadas ou alaranjadas que são muito agradáveis para paisagens. A intensidade da luz logo pela manhã e à tarde é mais fraca, e produz imagens com boa definição e detalhes definidos, sem exagerar no contraste.

Foto de hitaak

Nestes horários, a luz incide de forma lateral, iluminando diretamente os objetos fotografados e criando sombras que dão volume e realçam as formas dos elementos da fotografia. No pôr-do-sol, observe com paciência todas as variações de tonalidades e cores que vão ocorrendo e aproveite, pois são momentos em que podemos conseguir belas imagens!

Luz dura e luz suave: Nas primeiras horas da manhã e à tarde a luz é mais suave, ou seja, mais fraca, como também direcionada. A iluminação durante o resto do dia tem intensidade mais forte, produz imagens com sombras densas e também causa o efeito de "estourar" a imagem, em que áreas mais claras da foto perdem totalmente a definição e ficam totalmente brancas. Este tipo de iluminação é chamada de luz dura.

Foto de MoscaCojonera

No exemplo acima podemos observar uma foto com uma iluminação dura. Note a forte sombra que cobre uma parte do corpo da modelo. Isto é resultado da forte luz que incide lateralmente sobre ela. Observe também que, nos ombros e no rosto, a luz forte que incide diretamente "estoura" o local, criando áreas praticamente sem definição e cor. Nesta foto, os efeitos obtidos foram propositais, mas evite fotos de pessoas ao ar livre nos horários em que o sol é mais forte, pois além da iluminação dura, a direção de cima para baixo do sol a pino causa sombras fortes embaixo dos olhos e pescoço.

Uma boa solução quando precisamos fotografar uma pessoa ao ar livre é colocá-la embaixo de uma sombra. Você pode utilizar uma árvore ou qualquer outro local onde a luz não incide diretamente, pois neles a iluminação é mais suave, produzida por raios solares indiretos. As imagens obtidas com esta iluminação têm boa definição e realçam os contornos e detalhes do personagem, como na foto abaixo.

Dias nublados também nos fornecem luz suave. As nuvens funcionam como um difusor, suavizando os raios solares e tornando a luz mais fraca.

A Luz artificial: Além da luz natural, podemos usar outras fontes para iluminar nossas fotografia. Na maioria das vezes, usamos uma luz artificial quando a luz natural não é suficiente para iluminar a cena fotografada, como dentro de um ambiente fechado, ou em cenas noturnas.

A fonte de luz artificial mais usada é o flash eletrônico. Atualmente, todas as câmeras amadoras e semi-profissionais já tem um embutido no corpo da câmera, e funciona de maneira automática. Qualquer outra fonte de luz pode ser usada para iluminar uma cena a ser fotografada, como um holofote, lâmpadas, velas... São as chamadas "fontes de luz contínua".

Cor da luz: Um detalhe importante que deve-se observar quando se usa iluminação artificial é a temperatura de cor. Ela é medida em graus Kelvin e indica. A luz do meio-dia, com temperatura de 5500º Kelvin, é a que mais se aproxima da luz branca.

Fontes de luz com temperaturas mais baixas, como um holofote em uma peça de teatro, uma lâmpada incandescente, ou uma vela, têm temperatura de cor de 4000º Kelvin, que produz luzes amareladas, tons "quentes". Por outro lado, a luz "fria" de tem temperatura maiores, de aproximadamente 8000º Kelvin, produzindo tons azulados. 

Macro-Fotografia Parte II

No tutorial de hoje veremos como utilizar a lente 18-55mm para Macrofotografia com um custo bastante baixo. Reparem no exemplo a seguir… O que há em comum nessas duas fotos?


É que ambas foram feitas com a mesma lente! A Canon 18-55mm ou Kit-lens. Mas como é possível que uma lente seja tão versátil assim? O segredo na verdade está na maneira como ela foi utilizada em cada caso.

Na primeira foto a lente está colocada de maneira normal na câmera, encaixada pela base no corpo da câmera sem nenhuma adaptação. Na segunda foto a lente foi colocada na câmera de maneira invertida, ou seja, de trás pra frente com o uso de um adaptador. Para esse tutorial vamos precisar dos elementos a seguir:

O anel inversor é o responsável por parte do “milagre” que faremos a seguir. Ele pode
ser encontrado no www.macrofotografia.com.br

Uma foto macro de grande ampliação geralmente é conseguida com o uso de uma série de elementos que somados são capazes de obter detalhes impressionantes. No entanto tais elementos são compostos por lentes específicas, tubos extensores, tele conversores, filtros Close-Up e flashes dedicados que no final somam enorme quantidade em dinheiro.

Quando invertemos uma lente na câmera, conseguimos de imediato uma ampliação. E ao inverter uma lente o mais interessante é que seus valores de aproximação também ficam invertidos. Significa dizer que os maiores valores de ampliação acontecem abaixo dos 50mm em uma lente que foi invertida na câmera. Isso torna a 18-55mm ideal pra isso. Esse é o anel inversor em detalhe:

Ele possui de um lado os encaixes para o corpo da câmera e do outro uma rosca no diâmetro do filtro da lente para que essa não corra o risco de cair durante o uso. Aqui vemos a lente com o anel inversor já enroscado:

Mas e a tampa da lente que estava na lista? Pra quê vamos usá-la? Quando invertemos uma lente AF dessa maneira, perdemos os contatos eletrônicos com a câmera e fica impossível controlar a abertura da lente.
Uma das características de fotografia Macro é a curta profundidade de campo, também conhecido por DOF curto. Significa na prática que temos um espaço muito restrito de foco útil. E quanto mais ampliação se consegue, menos espaço de foco temos a disposição.

Pelo princípio fotográfico, quanto menor a quantidade de luz entrando na lente, maior será a profundidade de campo. Isso é obtido fechando-se a abertura da lente. É nessa hora que entra em ação a Tampa da lente. Mas vamos observar com cuidado essa tampa:

Reparem que ela possui um furo pequeno no seu centro. Como a lente será invertida na câmera, é fácil perceber o tamanho da abertura que fica de luz disponível. Mas se colocarmos a tampa no seu lugar com esse pequeno furo, vamos “fechar” a entrada de luz e assim conseguir mais profundidade de campo na nossa foto!!

Esse é um exemplo de foto Macro sem a tampa na frente controlando a entrada de luz.

Apesar de seu apelo artístico, nota-se a pouquíssima quantidade de foco na foto. Apenas em um restrito espaço da flor. Nesse outro exemplo notamos a diferença com o uso da tampa.

Então basta colocarmos a tampa e depois encaixar o lado oposto na câmera. Assim fica nossa câmera com a lente invertida:


Agora a hora do teste prático. Vamos fotografar esses fósforos com a nossa gambiarra!

Quando posicionamos o nosso Zoom na posição de 55mm temos esse resultado:

Essa borda escura na foto nós chamamos de “Vinheta”. Nada mais é do que a própria lente fotografada. Basta fazer um Crop na foto e nos livraremos dela. Se for o caso, um simples ajuste no zoom da lente também resolverá esse problema.

Acharam que a ampliação ficou boa? Calma, vocês ainda não viram nada. Basta colocar a lente na posição de 18mm e…

Tudo bem… podem fechar a boca agora… hehehehehe.

Com esse tutorial foi possível ver a possibilidade de um recurso de inversão de lente.
Porém certos aspectos tem de ser levados em consideração.
A iluminação dever ser a mais clara possível, o que implica no uso de flash ou mesmo de uma forte luz natural. Em geral o ajuste de sensibilidade ISO da câmera dever se ajustado para 400 e acima. O visor fica bem escuro devido ao uso da tampa na lente o que dificulta fazer o foco na foto. Aliás esse é um dos pormenores no foco com esse sistema.
Desligue o Foco automático pois a câmera não consegue fazê-lo por causa da perda do contato eletrônico. Faça o foco aproximando e afastando a câmera do tema.
E não se impressione se o foco só aparecer muito perto do tema. É normal ficarmos com a lente a apenas alguns centímetros de um inseto por exemplo.

Mais pra frente abordaremos cada uma dessas dificuldades, desde a iluminação até a aproximação dos insetos e controle da respiração.

Macro Fotografia – Usando lente invertida

No Post de hoje vou mostrar como podemos fazer Macro usando uma lente colocada invertida em frente da lente do Kit da XTi, a 18-55mm.

Para isso vou utilizar uma lente 50mm antiga e depois uma lente Canon 50mm f1.8 atual.
Primeiro vejamos como fica a configuração com uma antiga lente Schneider que um amigo fotógrafo me deu de presente. Olha ela aí do lado da 18-55mm

Pra usar é bem simples, basta posicionar a lente de maneira invertida na frente da 18-55mm que está na câmera, segurando com a mão mesmo.

Essa é a foto dos fósforos com a lente do Kit apenas.


E aqui o resultado com a 50mm antiga colocada em frente da lente do Kit.



Mais uma vez é possível notar a vinheta causada mas um simples Crop é suficiente para retirá-la.

Agora vamos testar a configuração usando a lente Canon 50mm f1.8 invertida em frente da 18-55mm. Aqui está ela ao lado da lente do Kit.

A colocação em frente da câmera é feita da mesma maneira, segurando com a mão.


Novamente uma foto com a lente original do Kit.


E o resultado com a colocação da Canon 50mm f1.8 invertida em frente da lente 18-55mm.


Uma coisa que se percebe é a semelhança na ampliação das duas lentes, inclusive na vinheta gerada. A vantagem desse sistema é a possibilidade de se regular a abertura uma vez que a lente principal está conectada na câmera.
Caso a pessoa queira um sistema mais confortável de fixação da lente invertida, basta fixá-la com fita adesiva na lente do kit ou se quiser algo mais “profissional” é só adquirir um anel adaptador Rosca-Rosca obedecendo as medidas de diâmetro de cada lente. Se uma lente utiliza filtros de medida 55mm e outra 58mm por exemplo, deve-se adquirir um anel adaptador Rosca-Rosca 55-58mm.
Ele permite que cada lente seja enroscada em um dos lados tornando a fixação mais segura.

Novamente é encontrado no www.macrofotografia.com.br

Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas

Existem componentes básicos que todas as câmeras fotográricas possuem, não importando se são digitais, analógicas, simples... e conhecendo-os, você poderá dominar melhor o equipamento. Para explicarmos cada um deles, iremos fazer um passeio através das partes mais importantes, seguindo o caminho que a luz percorre ao entrar na nossa câmera.

-Corpo da câmera: Pode-se dizer que tudo que não é objetiva e acessório faz parte do corpo da câmera. Nele, estão o sensor, o obturador, o visor e todos os encaixes (para objetivas. flash e cabos).

-Objetiva: São a alma da câmera fotográfica. Através da passagem da luz pelos seu conjunto de lentes, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para sensibilizar a película fotográfica, ou o sensor, e  formar a imagem.

-Diafragma: O diafragma fotográfico é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, e tem o papel de controlar a quantidade de luz que passa através dela.

-Obturador: É um dispositivo mecânico que controla a quantidade de luz que incide no sensor através de uma "cortina". Ao acionarmos o disparador, o obturador permite que a luz passe e seja captada pelo sensor digital ou pelo filme, por um tempo ajustável. Quanto maior o tempo, mais luz alcançará o elemento sensível.

-Visor: É a parte da câmera que nos permite ver a cena que vamos fotografar, e varia segundo o tipo de câmera. Se falamos de uma SLR, o visor é uma pequena janela na qual, através de uma série de lentes e espelhos colocados estrategicamente, pode-se ver a cena exatamente como ela será fotografada, pois os raios de luz são provenientes diretamente da objetiva. Em câmeras amadoras, e em algumas SLR, há o modo LiveView, no qual o sensor é responsável por capturar a cena e nos mostrar, em tempo real, a imagem no LCD da câmera.

-Sensor: O sensor, assim como o filme fotográfico, é o local para onde se direciona toda a luz recolhida pela objetiva, onde pixels sensível à luz captam a cena.

Como funciona uma câmera SLR
O funcionamento de uma câmera fotográfica é muito interessante.

Os raios de luz passam pela objetiva, se refletem no espelho móvel a 45º - que se situa logo atrás da objetiva - e se refletem num bloco de espelhos pentaprismáticos em 2 pontos. O último espelho do bloco leva a imagem ao visor. O foco é formado numa tela despolida, situada na posição horizonteal entre o esplho móvel e o bloco pentaprismático. Esta tela está posicionada na mesma distância do sensor.

Quando apertamos o disparador, um conjunto de mecanismos move-se em total sincronia. O diafragma se fecha na posição pré-selecionada ou calculada pelo processador, no caso da câmera estar em automático, o espelho móvel se levanta, fechando a passagem da luz ao visor (por isto que há um escurecimento do visor no momento) e o obturador se abre durante o tempo pré-selecionado ou calculado pelo processador.

Após completar a exposição, tudo volta à posição inicial. Observe a seguinte figura, que ilustra o funcionamento de uma SLR:

Créditos: http://www.fotografiaonline.xpg.com.br/bcomponentes.html

Diagramação de álbuns no Photoshop por Altair Hoppe



Um recurso pouco explorado no Photoshop – os Smart Objetcs (Objetos Inteligentes) permitem diagramar álbuns de casamento, por exemplo, de forma muito rápida. E isso é um elemento importante para quem, normalmente, corre contra o tempo por causa do grande volume de edições e montagens. Com essa técnica, com certeza, seu fluxo de trabalho será muito mais ágil e eficiente. Assista a vídeo-aula e bom trabalho!

Teclado de atalhos do Photoshop


O pessoal da Smashing Magazine publicou um esquema de teclas atalhos do Photoshop muito útil. A gente só pegou e traduziu os comandos mais elaborados para o português. Aproveite! Vale a pena ter do lado para aprender a maneira mais rápida de acessar os comandos do Photoshop.

O que é ISO ou ASA

ISO é a sensibilidade do sensor ou do filme. Quanto maior o valor mais sensível é. E quanto mais sensível mais luz é absorvida. O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de “ISO”. Você também vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma nomenclatura mais abandonada.

Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor ou o filme. No geral, quando temos uma situação de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto não fique superexposta. Quanto temos pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto para que a foto não fique subexposta.

Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores de 80 a 3200 e muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).

O ISO e suas consequências: Mais uma vez a mudança desse valores não afeta somente a exposição: no caso do ISO quanto maior o valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado final.

O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e cores – deixando a imagem menos nítida.

Veja exemplos abaixo:

ISO 200 - Imagem limpa e nítida


ISO 3200 - Podemos notar na imagem manchas de iluminação e cores, o famoso ruído. Principalmente na cor preta.


O que é Balanço de Branco

O Balanço de Branco faz com que as cores da nossa foto sejam iguais às cores da realidade, dependendo da luz que está iluminando nossa cena.

Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos nossos olhos e na câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários tipos de luz por aí. E dependendo da luz que bate na nossa cena as cores podem ficar diferentes. Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura de cor.

Ok, vamos por partes: às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos com uma luz artificial como o flash ou uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então conseguimos ver as cores corretamente em qualquer situação, mas as câmeras nem sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos usando para que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e o azul vai continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.

Temperatura de cor
A diferença entre uma luz e outra é a temperatura de cor – medida normalmente em Kelvins.

Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada. Isso acontece porque a câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa luz.

Procure no seu manual a forma de mudar o Balanço de Branco na sua câmera: normalmente você encontra todas as opções que você precisa: luz do sol, sombra, tungstênio (aquela lâmpada antiga que gasta mais energia), lâmpada fria, tempo nublado, luz de flash, entre outros.

Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os ajustes automáticos para depois procurar fazer isso.

Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.

Foco e profundidade de campo

Esses dois item definem a nitidez da nossa imagem – onde fica essa nitidez (foco)? Quantas partes da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)?


Foco: Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque, no geral, esteja nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático. Manualmente você gira o anel da sua lente. Nas lentes automáticas você pressiona o botão do obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco automaticamente.

Profundidade de campo: A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que você decidiu ser o foco estarão focados também.

Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”, Profundidade de Campo em inglês.

Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como ponto focal quanto os que estão atrás também ficarão com um bom foco.

Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto focal ficarão sem foco antes.

Observe a comparação para entender melhor:

Neste caso somente o tamborzinho está em foco. A profundidade de campo é menor e os objetos em volta estão desfocados.


Quando a profundidade de campo é maior os objetos em volta continuam nítidos (mas nunca tão nítidos quanto o ponto principal de foco)

Fatores que influenciam a profundidade de campo
Abertura: Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice-e-versa.
Proximidade com o objeto: Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o DOF – e vice-e-versa.
Distância focal: Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice-e-versa. Falaremos mais sobre Distância Focal na próxima lição.

Veja alguns exemplos de uso do DOF:

Toda a paisagem está em foco, desde o céu até o chão, graças a uma abertura de f22 e uma distância focal de 18mm


fundo desfocado graças à utilização de uma abertura f1.8

O que é ISO?

Em fotografia analógica, ISO (ou ASA) é a indicação do quão sensível é o filme para a luz, sendo representado por números (100, 200, 400, 800...). Quanto menor o número, menor a sensibilidade do filme para a luz, e menos granulada sua imagem será.
Em fotografia digital, o ISO mede a sensibilidade do sensor, e o mesmo princípio aplicado à fotografia analógica é aplicado na fotografia digital. Altos valores de ISO são geralmente usados em situações de pouquíssima luz, para se usar tempos de exposição menores, e assim, não obter fotos borradas ou tremidas. Mas o custo será a obtenção de fotos com mais ruído.

Observe as duas imagens a seguir:


A primeira foto foi tirada usando um ISO 100, enquanto a segundo foi tirada com um ISO 3200. Comparando-as, é possível ver que as fotos tiradas com valores de ISO baixos são muito mais limpas e suaves. O ISO 100 geralmente é aceito como 'normal', e irá lhe proporcionar fotos com baixas taxas de ruído.

Ao selecionar um ISO específico, isto terá impactos na abertura e na velocidade do obsturador necessários para se ter fotos bem expostas. Por exemplo, se você mudar seu ISO de 100 para 400, você notará que velocidades mais altas poderão ser usadas e/ou aberturas menores. Se estiver em dúvida, e não sabe qual ISO usar, faça para si mesmo as seguintes perguntas que poderão te ajudar:

- Estou segurando a câmera ou usando um tripé? - Ao utilizar o tripé, você terá mais estabilidade, então poderá usar tempos de exposição inferiores, permitindo baixar o ISO.

- O assunto está em movimento? - Se o seu assunto está parado, e a máquina está apoiada em um tripé, poderão ser usandos baixos valores de ISO.

- Preciso de profundidade de campo? - Caso você não precise de grandes profundidades de campo, você poderá aumentar a abertura do diafragma, permitindo valores de ISO baixos.

- Em qual tamanho usarei a foto? - Caso você não vá utilizar a foto em grandes tamanhos, como em grandes impressões, você poderá usar valores de ISO mais altos, pois o ruído provocado pode não ser perceptível em pequenos tamanhos.

Note que isto se aplica somente aos casos em que os modos manual ou semi-automáticos estiverem sendo usados. Quando o modo automático é selecionado, a câmera irá selecionar o menor valor de ISO possível para você. Experimente diferentes configurações e compare os resultados obtidos, pois eles podem variar muito em diferentes modelos de câmeras. Em geral, as câmeras compactas geram muito mais ruído que as profissonais, principalmente devido às suas dimensões reduzidas. Como seus sensores são pequenos, cada pixel capta menos luz, gerando imagens mais granuladas.

O ISO é um aspecto muito importante na fotografia, e é necessário que você o conheça para ter maior controle sobre sua câmera e sobre a qualidade de suas fotos. 

A Composição - dicas e recomendações

Com o uso de um bom equipamento, é possível obter imagens nítidas, e com uma boa exposição. Mas poucas destas fotos, tecnicamente aceitáveis, satisfazem as exigências de criatividade de alguém que leva a fotografia a sério. A beleza de uma fotografia pode depender de quem a vê, mas a maioria das pessoas concorda com certos pontos, como a má estética que o predomínio de um espaço vazio ou um fundo confuso podem causar. A composição é essencial para fotos bem feita, e pode ser entendida como a combinação de linhas, formas, cores, luzes e demais elementos dos assuntos de formas agradáveis.


Então, siga essas dicas, e faça imagens mais agradáveis e bem compostas: 

A regra dos terços: A regra dos terços é a forma tradicional, sendo amplamente utilizada. O centro de uma imagem não é um ponto satisfatório de repouso para o olhar. O posicionamento do sujeito no centro da cena provoca imagens estáticas e podem deixar partes da fotografia vazias. 

Então, seguinda a regra dos terços antes de tirar uma foto, divida mentalmente (ou usando o recurso disponível em algumas câmeras) a área a ser fotograda em tês terços verticais e horizontais, formando linhas semelhantes a um jogo-da-velha. Os pontos de interceção entre as linhas são os pontos chave ou os pontos de ouro, e por isso devem ser utilizados para situar os seus principais elementos. Essa técnica é muito simples, e funciona muito bem para a maioria das fotografias, e assim a distribuição dos elementos se dará de forma regular e equilibrada.

                     

Em fotos de paisagens, utilize as linhas para delimitar os limites entre o céu e a terra/água. Você pode usar o plano principal ocupando dois terços da imagem, como demosntrado a seguir. Nesta foto, a linha baixa do horizonte deixa um amplo espaço para o céu e as nuvens, desviando grande parte da atenção para esta área.


Para se criar sensação de movimento em certas situações, você deve sempre considerar a direção do movimento dos assuntos e deixar espaços à frente deles nos quais "possam se movimentar".


A leitura de uma imagem: Na cultura acidental, somos acostumados a a ler e escrever da esquerda pra direita. Desta forma, temos a tendência de ler uma imagem no sendo horizontal, da esquerda para a direita, e este fato pode ser levado em conta na hora em que estamos compondo uma foto.


Neste exemplo, o garoto foi posicionado no canto direito do enquadramento. No momento em que alguém for observa-la, o olhar irá passear por toda a imagem, começando no lado esquerdo e terminando no lado direito, exatamente onde está colocado o assunto principal.


A perspectiva: A perspectiva é um importante procedimento para se criar sensação de tridimensionalidade fotográfica. Mediante perspectiva linear, pode-se conduzir o interesse até o elemento principal guiando a atenção do observador. Para tal, devemos considerar os seguintes tipos de linhas:

-As diagonais, que criam sensação de movimento e podem ser usadas como linhas de condução, criando direcionamento na foto;

-As curvas, que conferem beleza, graça e elegância, contribuindo ao movimento e à composição. As curvas em S são outra forma de composição harmônica, onde a vista segue savemente até atingir um foco principal, que devemos nos assegurar que exista.

-As linhas horizontais e verticais, por sua vez,  são estáticas. As horizontais e costumam expressar paz, tranquilidade e harmonia, e as verticais limitam a profundidade e atuam como barreiras entre a fotografia e a vista.

             
  

Sempre que fotografamos com linhas que convergem a um único ponto, surge uma noção de tridimensionalidade e profundidade na imagem.


Tonalidade e focalização: Utilizando a profundidade de campo, podemos dar mais ênfase a determinado objeto. Tal recurso é obtido variando-se a abertura do diafragma de sua lente (para mais detalhes sobre a profundidade de campo, clique aqui). Pode-se também utilizar grandes contrastes entre o fundo e o assunto com o uso de tonalidades claras e escuras, reforçando ainda mais a atenção dada a ele.